Servidores federais negociam reajuste de benefícios com o governo

(Crédito: Shutterstock)

Após garantirem os reajustes salariais previstos até 2026, os servidores públicos federais voltam à Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) para uma nova rodada de tratativas com o governo federal. A reunião está agendada para o dia 12 de junho e terá como principal pauta a atualização dos benefícios pagos ao funcionalismo, especialmente o auxílio-alimentação.

Atualmente, servidores do Executivo recebem R$ 1.000 de auxílio-alimentação, valor bastante inferior aos R$ 1.784,42 pagos pelos poderes Judiciário e Legislativo. A defasagem chega a 78%, o que motiva a reivindicação por uma equiparação. Segundo Rudinei Marques, presidente do Fonacate, seria necessário um reajuste de 80% para alcançar a paridade com os demais poderes.

Além do vale-alimentação, os servidores também esperam avanços no auxílio-saúde e no auxílio-creche, que já passaram por atualizações em 2024:

  • Auxílio-alimentação: de R$ 658 para R$ 1.000 (+51,9%)
  • Auxílio-saúde: de R$ 144 para R$ 215 (+49,3%)
  • Auxílio-creche: de R$ 321 para R$ 484,90 (+51,05%)

Esses ajustes, aplicados pelo governo Lula, beneficiaram especialmente os servidores de menores salários, já que os valores são fixos e sem descontos proporcionais.

Outro ponto em discussão será a necessidade de padronização dos cargos e planos de carreira. Atualmente, existem mais de 300 tabelas e cerca de 250 cargos distintos no Executivo Federal, o que, segundo representantes sindicais, torna a estrutura administrativa desorganizada e desigual. Eles cobram diretrizes claras para modernização e reestruturação dessas carreiras.

Também está na pauta a correção nos valores das diárias, que variam conforme o destino:

  • R$ 425 para deslocamentos a Brasília, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo;
  • R$ 380 para outras capitais;
  • R$ 335 para demais localidades.

A atualização das diárias mais recente ocorreu por decreto em dezembro de 2023, passando a valer em 2024. No entanto, as categorias mais afetadas — como auditores, policiais federais e servidores da CGU — apontam que os valores continuam defasados diante do custo atual das viagens.

A expectativa das entidades representativas é que o governo Lula apresente propostas concretas na reunião, reafirmando o compromisso de valorização do funcionalismo e de reorganização da estrutura administrativa federal.

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